o tudo e o nada...

...quando teimamos em não ver as cores que nos rodeiam.
...quando exigimos demasiada atenção para as nossas dúvidas.
...quando aturamos as birras dos nossos filhos.
...quando aquela peça de roupa deixa de servir pelos pecados da boca.
...quando o carro não pega pelo anos e rodagem em demasia.
...quando o nosso chefe comete a maior das injustiças connosco.
...quando resmungamos pelo contar dos trocados no final do mês.
...quando a sorte parece ser só para os demais.
...quando a nossa sogra teima em nos tratar como rival.
...quando o negócio não dá o lucro que esperávamos.
...quando do nosso lado tudo parece cinzento, embora esteja um sol lindo.
...quando o vizinho de cima liga o som mais alto do que devia.
...quando as férias com que sonhamos não passam de uma utopia.
...quando o carro que nos ultrapassa levanta o dedo em gestos obscenos.
...quando os sapatos novos nos magoam os pés mas teimamos em não os tirar.
...quando o marido chega tarde a casa ou dá atenção em demasia às colegas.
...quando achamos que a nossa vida não é nada disto...



...lembramo-nos dos que lutam pela vida ou melhor lutam por estar vivos, sabendo-se intervenientes numa guerra que não escolheram, tentando a todo o custo ganhar só mais uma batalha....


E agradecemos a Deus estarmos aqui, cheios de problemas banais que na maioria das vezes nos consomem a alma, nos tiram o sono, mas não passam de insignificâncias...
E retiramos daí que não devemos perder tempo a fazer filmes de enredos duvidosos, mas antes valorizarmos as pequenas grandes dádivas com que o dia a dia nos presenteia.
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Comments

Miguel said…
Devíamos ter vergonha. E às vezes tenho mesmo. Que nos sirvam de lição os exemplos assim.

Bj
Moura said…
Eu mudei a minha atitude perante a vida com uma doença que o meu pai teve e que todos sabem como começa mas ignora-se o desfecho. Graças a Deus passou e desde então passei a valorizar muito mais as relações com quem amamos de verdade e relativizar o que não é tão digno de captar as nossas forças.
A vida lá nos vai ensinado umas coisitas...
Um abraço do Moura ausente...
E porque gostamos de complicar o que é simples? Será que detestamos a banalidade ou não conseguimos ver a beleza nas coisas simples?
antónio paiva said…
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Querida Amiga,

eu não seria capaz de o dizer melhor!

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Beijo e noite serena

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